tenho que falar sobre o último sismo, na medida em quero deixar registado o meu mais profundo nojo concernente a todos os governantes deste País ( os actuais, os passados e até os que virão), que uma após outra má disposição das placas tectônicas diretamente ligadas ao efeito de isto tremer ou não, muito ou pouco, vomitam constantemente o mesmo discurso.
Sou uma pessoa idosa, ali resvés com a.C, (andamos em conversações para estabelecer tempos exactos), outros sismos já vivenciei e, esperançosa, acreditei nas primeiras promessas que ouvi.*
Não quero saber de quantos testes fazem ou onde, da velocidade a que as devidas entidades respondem a quê, de que forma se apresentam os responsáveis por isto ou aquilo nas entrevistas dão, ou da mensagem que tentam passar no sentido de estar tudo bem, tudo controlado, faz-se o melhor que se pode, de facto é mesmo tudo o que se pode, já que o fenómeno é imprevisível.
- Não.
Falta educarem-nos, abéculas. Falta educar todas as gerações. Falta informação. Falta incentivarem-nos a procurar a informação, assim como procuramos respostas no SNS24. Faltam exercícios nas escolas. Não é 2 vezes ao ano, é até absorverem que é a nossa realidade e que temos que aprender a viver com isto, até que, apesar do susto e do medo, saibamos reagir.
Falta sabermos fazer as perguntas certas, neste contexto, quando se quer comprar casa. Avaliar eventuais riscos, quando se aluga. Sabermos como se distribui o mobiliário nas nossas habitações, e , acima de tudo, sabermos as tais "regras de ouro", uma vez que só se poupam vidas, se se souber o que e como fazer.
Assumindo que essa informação passaria por umas folhas explicativas - folhas, porque nem toda a gente tem compudador, ok? -faltaria depois distribuí-las à população. Afixa-las em todos os estabelecimentos estatais existentes, e aconselhar o cidadão a recolhe-las. Podia até ser ao mesmo tempo do envio daquele SMS que não temos, de forma a que a criatura nunca mais se esquecesse do que já tinha sido avisada.
Traduzi-las, já que temos uma porção valente de estrangeiros.
Algo - presumo eu, contribuinte , a justamente contribuir para os salários consumidos por tanto estafermo - tão fazível, quanto o é memorizarmos a bosta das últimas tabelas do IRS.
Se sai caro? Quiçá . Mas se pago as contas do super, impostos, combustível, e tudo o mais a que me submeto a pagar, permito-me a exigir o básico, que a meu ver, é tão básico quanto mandar os putos para a escola, local excelente para se agregar um básico a outro, já agora.
Claro que há muitos mais básicos em incumprimento, mas agora estou a falar deste, de tão gritante que se me afigura.
Também não chega chamar-se às televisões indivíduos supostamente conhecidos nas áreas onde se movem - que não conhecemos, pois também nos falta essa informação, a de para que servem as ditas áreas - que lá se apresentam, com um sorriso complacente, como se estivessem a falar de algo rotineiro, debitando o óbvio, depois do acontecido, para pessoas de Q.I. irreversivelmente baixo; Nós.
Mas já que lá vão, seria fantástico que fossem bem acordados, que não contassem com a regras de montagens de móveis para se falar em segurança dentro de casa, ou outras coisas que levem a uma pessoa a passar pelas brasas, mesmo depois de experenciar um sismo. Explique-se, por exemplo, que lá porque os ditos estão pregados q uma parede e que é de acordo com a Lei de não sei quê, emitida no ano do olho do rabo, continua a ser boa ideia não se colocar uma cama muito perto daquilo, porque se a parede cai e o catano do móvel permanece de pé, então aí já se fala de cenas paranormais, milagres e afins, (aconselha-se uma peregrinação a Fátima, ou onde a crença de cada um decidir) e é pensar-se muito bem no sucedido esforçando-se por não repetir o erro. Mas isto sou eu a alvitrar coisas compatíveis com o verbo "inovar".
Falta também não cortarem a palavra aos verdadeiros estudiosos, porque e a menina do futebol precisa imenso de dizer coisas, aparentemente, muito mais importantes do que, por exemplo, relembrarem-nos do que já foi dito éne vezes ( tantas quanto os sismos assinalados nos últimos anos), palavreado remetido ao habitual esquecimento, designadamente palermices sobre as construções das casas, os materiais usados pelo construtor, se obedeceram ao que a Lei obriga e etc.
* por favor ninguém me fale sobre o "muito que já foi feito", que li no próprio dia comentários em algumas redes sociais, capazes de me porem mais doida do que a constatação da minha própria ignorância.
E não parava de escrever sobre tanta falta, mas esta a dar-me a fome, maneiras que é tudo.
Fui.
Ps; qualquer erro neste texto é da minha responsabilidade, e claro que caguei para isso.