Eu cá também adorava poder cirlular pela minha casa escoltada pela GNR, qual Joacine mai linda, de modo a poder evitar perguntas de treta por parte dos meus - como nomeadamente "falta muito pró jantar?", "mãezinha! Já acabaram as bananas??", ou "viste a minha camisola ?" - bem como pressões psicológicas tais como as exercidas pela minha cadela, quando entende serem mais que horas de eu a alimentar, e me persegue casa fora, olhando-me fixamente, com arrepiantes laivos psicopatas nas vistas.
Bem lhes grito que exijo respeito por minha mimosa pessoa, pelo meu espaço e pelo meu tempo, mas aqui nesta pradaria é tudo muito paparazzi enquanto às satisfações dos seus desejos e/ou dúvidas, o que me fez suspirar de emoção, quando vi a querida diva acima mencionada, circulando por aqueles corredores, de escolta, e mais o seu tiracolo assessor, situação que me proporcionou um breve tête-à-tête entre mim e os meus botões:- Ahhhhh ... Como eu gostava de ter dinheiro pra poder pagar daquilo ... Ou pra me fazer escoltar perante o assédio do Estado, quando me exige o pagamento do IMI até ao final deste mês ... Ahhhh ..., confessei-me.
Na constatação de tais impossibilidades, assumi o vergonhoso sentimento de inveja, prometendo-me nunca mais o deixar invadir-me a alma (mesmo porque se não estou financeiramente equipada a pagar escoltas pra umas coisas, decerto que não o estarei para outras, né), sendo que após intensa cogitação sobre o assunto, resolvi-me por este ano acreditar na treta do Natal e no badocho de barbas e vestes vermelhas. Assim, naqueles conformes, decidi-me por escrever-lhe, pedindo-lhe encarecidamente que interceda por mim quando for lá resolver coisas com o Jesus, no sentido de numa próxima vida - em achando as altas instâncias ser uma decisão fantástica remandarem-me pra este esterco - considerem faze-lo em modo rainha de inglaterra, ou em alguém concernente a parlamentos, alguém enfim, a quem que quando lhe (me) der uma furiazita apalermada, possa clamar "quero uma escolta! Já! Imediatamente! Ó 'parigo, vai lá tratar disso! É pra ontem!".
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Vou em " Querido Pai Natal, perdoa-me ter-me cagado pra ti todos estes anos. Arrependo-me profundamente. Disso, e de nunca ninguém te ter pedido a mudança urgente de Ministro da Saúde, ou ter evidenciado pentelho que seja do mesmo sentir sobre a sua nomeação, que eu cá sou uma pessoa extremamente propensa a vergonhas alheias, embora esta nem seja tão alheia assim ..."
Ps: A ver se não me esqueço de terminar a missiva com beijinhos tantos!, por exemplo, ou outra conice idêntica, ao invés do meu puta que o pariu! tão e há tantos anos praticado, especialmente por estas alturas.
Melhor é por esta nota na agenda, não vá o diabo tece-las.
Eu bem tento e tento manter a compostura por aqui, mas em vão, minha cara. Tristemente vão é o meu esforço. Conices minhas, que posso fazer? Só consigo rir.
ResponderEliminarEm relação à senhora, era perfeitamente visível desde o inicio. Só quem aceitou as suas patranhas de politica identitária, coisa que odeio solenemente, é que se deixou encantar. Bastou observar os vídeos de campanha do Livre ( uma graçola, esta!) para perceber a necessidade de promoção pessoal e zero ideias politicas. Mais uma estúpida pilhéria? Ouvir dizer que se discutem ideias no partido! Risos!!
A senhora não me aquece ou arrefece. Até porque quer a pessoa quer o partido são amorfos. Mas intriga-me o conceito democrático da senhora tão aclamada como corajosa e defensora de minorias, quando chama a autoridade para evitar perguntas e melhor ainda quando o esbirro insignificante que sempre aparece na sua sombra, se vira para os jornalistas e rosna "larguem o osso".
Não sou muito crente em democracias, no entanto, a senhora e o seu capacho deveriam saber que um dos seus conceitos mais básicos permite questionar tudo. As perguntas são a base de uma verdadeira democracia. A senhora não responderá, se quiser. Mas é até proibido chamar a autoridade, esse símbolo de sociedade patriarcal fascista, para evitar perguntas. Está escrito nos direitos do cidadão. Jornalistas são cidadãos e não senhor! Não são cães.
Mas já nem sequer tenho vontade de rir. Porque já oiço o estalido da arma de suicídio politico. Lindo!
Querido Fleuma! O teu comentário retrata tão bem o que penso e sinto em relação, tanto ao partido quanto à moça - sem esquecer o seu assessor - que ainda que eu quisesse, não encontraria nada a crescentar.
ResponderEliminarEssa do "larguem o osso" não ouvi. Que lindo, que digno, que compatível com a Casa onde o parigo passeia os seus saiotes, né? É sempre tão fofinho constatar-se que as diferenças que alguns pretendem fomentar, se direccionam para o pior, ali a tocar o triste e o ridículo, deitando por terra qualquer credibilidade na concretização dos seus ideiais.
Nada que um chapadão não contribuísse para a uma rápida recuperação, contudo.
(Na minha opinião, como é óbvio, que ando tão fartinha desta gente, dasse...)